O trabalho no ensino se baseia principalmente nas relações interpessoais com os alunos e com os outros colegas, de modo que as experiências emocionais são permanentes. Aborrecimento, alegria, ansiedade, afeto, preocupação, tristeza, frustração... são alguns dos sentimentos que dia após dia o professor vivencia em maior ou menor intensidade e amplitude. Alguns têm a sorte e a habilidade para fazerem prevalecer as emoções positivas; em outros, pelo contrário, predominam o infortúnio e habilidades limitadas, o que faz com que as experiências negativas tenham um peso maior. Quando essa última constatação é generalizada para a maioria dos professores, encontramos descrições da situação dos docentes com uma carga emocional profunda: estão desvalorizados, oprimidos ou desanimados.
Sem qualquer época histórica as emoções ocuparam um papel relevante no mundo do ensino. As mudanças na família, as crescentes exigências sociais, a incorporação à escola de novos grupos de alunos que permanecerão nela durante mais tempo, o tipo de relações sociais estabelecidas entre os diferentes membros da comunidade educativa, a ampliação dos objetivos do ensino e agora a evolução da tecnologia que está gerando uma mudança na sociedade de modo geral, faz com que o Professor se encontre em uma situação paradoxal.
Estamos envolvidos em um rápido desenvolvimento das tecnologias, com acesso a redes globais de computadores, correio eletrônico, bases de dados, bibliotecas virtuais e uma enorme oferta de software, provocando uma enorme transformação na organização da nossa vida e do nosso cotidiano de modo geral e se refletirmos acerca desta mudança e nas implicações que podem ter no ensino, ficamos confrontados com inúmeras dúvidas e algumas certezas. Uma é que o aproveitamento otimizado destas novas tecnologias implica uma mudança drástica das nossas formas de ensinar e aprender.
O uso de textos, recursos áudio visuais e outros tantos podem revolucionar os processos de ensino/aprendizagem, sendo a palavra base para designar esse tipo de ensino a “interatividade”, onde a mudança de um ensino que é limitado ao papel do aluno na busca de informação e em que ele, muitas vezes, tenta adaptar à informação existente, passa a um ensino em que a informação se adapta ao aluno, onde quer que ele se encontre.
Podemos afirmar que, focando diretamente o Professor de Artes, o seu papel em sala de aula torna-se a de um agente provocador, onde é possível, com a ajuda desses novos instrumentos fazer com que o aluno tenha uma aprendizagem mais pessoal, mais rica, mais rápida e com menos custos, visto ser importante ressaltar que o professor terá sempre um papel importante na ajuda ao aluno, como selecionar dados, direcionar informações voltadas ao tema, visitar um museu, discutir sobre um pintor famoso, criar trabalhos artísticos a partir de programas desenvolvidos e adaptados para esse fim.
Porém, o que nos assombra é a total falta de planejamento para isso, não falamos ai de recursos, pois não basta apenas o Governo Estadual ou Federal comprar equipamentos em larga escala e entregarem às escolas e estas montarem salas de computação, temos todos, nos mais variados escalões da Educação, criar meios para isso, estimulando os professores a terem interesse por essas novas ferramentas, capacita-los e conscientizar o ambiente escolar, seus agentes e freqüentadores (alunos) a se interessar também, a criar o hábito da manutenção e conservação. Isso não é impossível, pelo contrário é totalmente possível e vemos muitas escolas particulares e de entidades como por exemplo o SESI que introduziu em suas escolas, o Orientador de Informática, que atua nos Laboratórios de Informática, como auxiliar dos Professores, onde os computadores são preparados com antecedência, de acordo com as aulas previamente planejadas.
Há que ensinar os professores a manejar minimamente os computadores e a trabalhar utilmente com eles, pois sem essa formação adicional para lidar com as novas tecnologias, os professores não só os de Artes, mas de forma geral, acabam por usar os computadores como processadores de texto, na elaboração de cartazes ou apenas como um simples passatempo.
Ainda há muito a fazer para que essa nova tecnologia seja realmente integrada à sala de aula como uma ferramenta, tal como a caneta, o papel, ou o quadro negro.
Não podemos desanimar, temos que estar atentos e plugados!!!!!